Bolsonaro
afirmou que sua ideia de mudar o endereço da embaixada brasileira em Israel-
seguindo os passos dos Estados Unidos e da Guatemala – não era só promessa de
campanha.
“Israel é um
Estado soberano. Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os
seguiremos. Quando me perguntaram durante a campanha se transferiria a
embaixada se fosse eleito presidente, respondi sim. Vocês decidem sobre a
capital de Israel, não outros povos”, declarou em entrevista telefônica
concedida ao jornal conservador.
A
transferência da embaixada, que demonstra o reconhecimento de Jerusalém como
capital de Israel, é uma medida polêmica. Os palestinos reivindicam Jerusalém
Oriental como capital de seu futuro Estado. A comunidade internacional não
reconhece a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital indivisível.
Entenda.
Embaixada
palestina
Questionado
pelo periódico israelense se pretende mudar o status da Embaixada da Palestina
em Brasília, ele respondeu:
“Quanto à
embaixada da Palestina, ela foi construída muito perto do palácio presidencial.
Nenhuma embaixada pode estar tão perto do palácio presidencial, então
pretendemos mudar. Não há outro caminho, na minha opinião. Fora isso, Palestina
primeiro precisa ser um estado para ter o direito de uma embaixada”.

O Brasil reconhece
o Estado Palestino como país desde dezembro de 2010, após carta enviada pelo
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
A ONU também
reconheceu a Palestina como um “Estado observador” após aprovação em Assembleia
Geral em 2012, cuja capital seria em Jerusalém Oriental. Os palestinos querem
se estabelecer como um Estado soberano que ocupe a Cisjordânia, a Faixa de Gaza
e Jerusalém Oriental. Os territórios foram ocupados por Israel após a Guerra
dos Seis Dias, em 1967.
Apoio na ONU
No que diz
respeito ao apoio de seu futuro governo a Israel em fóruns internacionais como
as Nações Unidas, o político brasileiro afirmou que o país “pode contar com o
nosso voto na ONU”.
“Sei que o
voto é muitas vezes simbólico, mas ajuda a definir a postura que um país deseja
adotar”, afirmou.
Após a
recente vitória eleitoral, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, felicitou
Bolsonaro por telefone na segunda-feira (29) e o convidou a visitar Israel.
“Acredito
que sua eleição levará a uma grande amizade entre os dois povos e ao
fortalecimento dos laços entre o Brasil e Israel”, disse o premiê israelense a
Bolsonaro, segundo a Efe.

Fonte: Folha
Gospel
Adaptação
Renatto Haronn