terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

PARA ALÉM DA QUARTA-FEIRA

O Brasil é o país das contradições. Sabe vestir fantasias e fabricar ilusões. Todos dizem: A alegria está nas ruas! Mas, que alegria? O que estamos festejando?
Diariamente, milhares de crianças lotam as esquinas dos grandes centros urbanos, desfiguradas e sem fantasias, tentando sobreviver no país das ilusões. Os jovens, numa proporção dramática, estão sendo consumidos pela ilusão das drogas, vestindo a fantasia dos psicotrópicos e da cocaína. Os idosos, esses sim, são os que mais conhecem o gosto amargo da desilusão.
Assim, é o Brasil! A folia na rua, e a violência nas esquinas; o trio elétrico na avenida, e a solidão nos lares; as ruas ornamentadas, e a vida desfigurada pela desigualdade social; a harmonia na Escola de Samba, e os desencontros dentro de casa.
O Brasil é expert em fabricar ilusões. Se não vejamos: a polícia nas ruas, e a ilusão da segurança; escolas inauguradas, e a ilusão da educação; políticos no poder, e a ilusão da justiça social; a expansão imobiliária, e a ilusão de casa própria para todos; a previdência social, e a ilusão de uma velhice tranqüila; cultura religiosa, e a ilusão da espiritualidade; hospitais construídos, e a ilusão da saúde; a instalações de CPIs, e a ilusão da moralidade.
Ocorre que, a verdadeira alegria de um povo não cabe nas passarelas da ilusão; ela nasce no coração e na harmonia de uma vida plena de sentido. Ela não aparece ocasionalmente, como um produto das empresas de euforia; mas é como um rio perene, sobrevive no verão e transborda no inverno. É o barulho contagiante de um cálice transbordante. É a paz de um coração feliz. É o atestado da presença da felicidade.
A alegria verdadeira passeia pelos corredores da vida e faz da existência uma grande celebração. Ela é o reflexo de um interior cheio de beleza. Ela é tão bela em si mesma, que dispensa fantasias. A alegria de uma pessoa não pode depender da agenda dos carnavais, pois cada carnaval tem suas próprias fantasias e cria suas próprias ilusões.
Muito mais que folia de rua, precisamos “urgentemente” é de esperança, de lares restaurados, de jovens sem drogas, da paz vencendo a violência, do triunfo da felicidade sobre a ilusão.
Por isso mesmo, a felicidade não pode ser apenas de três dias. De tão grande, ela não cabe apenas nos corredores dos sambódromos; e de tão necessária, ela precisa desfilar por toda a existência.
Esta felicidade, que não é apenas coreográfica, é gerada em nós pela presença de Deus – fonte da verdadeira alegria. Quando nos vestimos com a sua beleza, a vida se enche de cores. Com Ele, a existência se torna uma grande festa – sem fantasias, sem ilusões. É uma alegria que transcende as circunstâncias, e que continua para além da 4ª feira, por todos os dias do ano.

 (*) Estevam Fernandes de Oliveira, Pastor da 1a. Igreja Batista de João Pessoa, PB, conferencista internacional, é psicólogo, mestre e doutor em Ciências Sociais. Texto a ser publicado no Jornal Correio da Paraíba, edição de domingo, 11 de fevereiro de 2018 e divulgado entre amigos com autorização do autor.


Origem Pagã do Carnaval

O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e termina quando a Igreja católica adota, oficialmente, o carnaval em 590 d.C.

A única diferença entre o carnaval da antiguidade para o moderno é que, no primeiro, as pessoas participavam das festas mais conscientes de que estavam adorando aos deuses. O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Era uma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boa colheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses. No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, era o centro de toda as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas a começar por Júpiter, deus da urgia, até Saturno e Baco, que era o deus da agricultura. Durante estas celebrações, conhecidas como “Saturnais” os escravos eram soltos e as pessoas dançavam na rua. Homens e mulheres que dançavam nus e se deliciavam regados a vinho agradando ao deus Baco/Dionísio.

Na Roma antiga, o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo no carnaval, ocasião em que era coroado rei. Durante os três dias da festividade, o soldado era tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado no altar de Saturno. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.

INCORPORAÇÃO PELA IGREJA CATÓLICA


No ano de 325 d/C no Concílio de Nicéia, o papa Silvestre I define o cálculo da data da Páscoa como sendo no primeiro domingo de lua cheia após o equinócio da primavera (data em que o dia e a noite têm a mesma duração) no hemisfério norte. Definida esta data, o carnaval vai entrar no calendário cristão como sendo imediatamente anterior a quarta-feira de cinzas.

Pertencendo ao calendário cristão, oficialmente no ano de 590 d/C o carnaval deixa de ser uma festa de comemoração da abundância da colheita para ser uma festa de “carnelevale” que quer dizer “adeus a carne” ou “ a carne nada vale”. O ritual da festa continua o mesmo. Vai haver uma grande mudança no foco da festa, pois esta passa a ser uma festa de limpeza, onde vale tudo. É um preparo para a entrada da quaresma. Neste período tudo é permitido para que se purifique a carne até a exaustão, pois ela “nada vale”. Durante este período, além da purificação da carne, purifica-se a vida do cotidiano e da vida mundana.

Com a "supremacia" do cristianismo (sem suas verdadeiras raízes do evangelho de Yeshua) a partir do século IV, a adesão em massa de não-convertidos ao cristianismo, dificultou a repressão completa. A Igreja romana, afim de agradar a todo mundo, consentiu com costumes pagãos, muitos dos quais, cristianizados para que se evitasse maiores transtornos.

O carnaval, então, acabou sendo permitido, o que serviu como “válvula de escape”, diante das exigências que eram impostas aos medievos no período da Quaresma.

Com o cristianismo, a Igreja Católica transformou alguns desses rituais pagãos em homenagens aos "santos", conferindo-lhes um caráter sagrado de acordo com os princípios cristãos. Ou seja: PAGANISMO. Vários elementos das antigas festas pagãs, porém, foram preservados.

Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igreja fez “vistas grossas” às três noites de carnaval. Na ocasião, os medievos aproveitavam para se esbaldar em comidas, festas, bebidas e prostituições, como na antiguidade.

A história do Carnaval, considerando os seus Centros de Excelência, está dividida em quatro períodos, embora todos eles estejam no mesmo grupo de paganismo:

- O Originário, (4.000 anos a.C. ao século VII a.C.),
- O Pagão, (do século VII a.C. ao século VI d.C.),
- O Cristão (do século VI d.C. ao século XVIII d.C.)
- O Contemporâneo (do século XVIII d.C. ao século XX).

E mesmo sendo uma festa associada a adoração aos deuses pagãos e com fins de libertinagem, infelizmente hoje, milhões a celebram, como se fosse algo "Nomal".

"ADÚLTEROS E ADÚLTERAS, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Elohim? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Elohim." (Ya'akov/Tiago 4:4)


Fonte: Verdadeiro Evangelho