quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Casulo


Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer seu corpo passar através daquele pequeno buraco.
Então, parecia que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela fora o mais longe que podia, e não conseguia ir além.
O homem então decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abririam e esticariam para serem capazes de suportar o corpo que iria se firmar. Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendeu, era que o casulo apertado, o esforço necessário para a borboleta passar por aquela pequena abertura era o modo que a natureza fazia o fluido do corpo da borboleta ir para as suas asas, de maneira que ela estaria pronto para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Extraído do livro: Tire seus sonhos da gaveta, pág. 72.

Nenhum comentário:

Postar um comentário