sexta-feira, 10 de maio de 2013

Uma Parábola às Mães



A jovem mãe iniciava seus passos na estrada da vida. "E longa a estrada?" - perguntou ela.

"Sim" - respondeu-lhe o guia. "O caminho é longo e cheio de dificuldades.

Envelhecerás antes de chegar ao ponto final; mas esse final será melhor do que o início."
E a jovem sentia-se tão feliz que não podia crer na possibilidade de dias melhores do que os do presente. Então, brincava com os filhinhos, colhia-lhes flores ao longo do caminho, banhava-se com eles nas águas límpidas dos regatos; e o sol brilhava sobre eles; a vida era boa; e a jovem mãe exclamou: "Nada haverá mais belo, mais encantador do que isto!"

Desceu, então, a noite; desabou o temporal; a estrada era escura; os filhos, tremendo de frio e medo. A mãe, aconchegando-se a si, agasalhou-os com seu manto. As crianças, protegidas, murmuravam: "- Mamãe nada mais temeremos, pois estás conosco, e mal algum nos pode sobrevir!" E a mãe exclamou: "Isto é mais valioso que o esplendor do dia, pois ensinei meus filhos a serem corajosos."

Raiou a manhã seguinte. Eis uma montanha à frente. Começaram a subir. Os filhos sentiam-se cansados; a mãe sentia-se cansada também, mas animava-os a todo instante, dizendo-Ihes: "Um pouco de paciência e chegaremos ao alto". Assim, as crianças iam subindo, subindo ... e ao chegar ao topo da montanha, disseram:
"Não poderíamos subir e vencer sem o teu auxilio, mamãe". E a mãe, ao deitar-se aquela noite, contemplando as estrelas, exclamou: "O dia de hoje foi melhor do que o de ontem, pois meus filhos adquiriram força em face das dificuldades. Ontem, dei-lhes coragem; hoje, dei-lhes vigor."

E o dia seguinte raiou com estranhas nuvens que escureciam a terra - nuvens de guerra, ódio e pecado. Os filhos, caminhando às apalpadelas, tropeçavam. A mãe animava-os: "Olhem para cima; levantem o olhar para a luz." E eles, erguendo os olhos, divisaram, além das nuvens, uma Glória eterna que os guiou e os protegeu na jornada através da escuridão. E, ao findar aquele dia, exclamou a mãe: "Este foi o melhor de todos os dias, pois hoje revelei Deus aos meus filhos."

Iam-se passando os dias, as semanas, os meses, os anos ... E aquela mãe chegou à velhice. Ela sentia-se definhada, curvada sob o peso dos anos. Mas seus filhos estavam crescidos, fortes, cheios de coragem. E quando a estrada se tomava difícil, eles a auxiliavam; quando o caminho era áspero e pedregoso, tomavam-na nos braços, pois era delicada como uma pena. Depois de algum tempo chegaram a uma colina, e além dessa colina distinguiram uma estrada brilhante, terminada por largos portões dourados.

E a mãe exclamou: "Cheguei ao fim da jornada. Agora eu sei que o fim é melhor do que o princípio, pois meus filhos podem andar sozinhos, e seus filhos depois deles."
E os filhos lhe disseram: "Tu andarás sempre conosco, mamãe, mesmo depois de haveres atravessado os portões. E eles esperaram, vigiando-a enquanto seguia sozinha, até que os portões se fecharam. Então exclamaram: "Nós não a podemos ver, porém ela ainda está conosco. Uma mãe como a nossa é mais do que uma memória. Ela é uma presença viva."

|  Autor: Pr Jonas Net

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